Foto: André Borges/ComCopa |
O dado é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): 83,5% dos restaurantes, bares, lanchonetes e similares de Brasília avaliados pelo órgão são seguros para o consumidor, oferecem condições sanitárias satisfatórias e atendimento adequado. No Aeroporto JK, o índice é maior ainda: 94,6%. O projeto é voltado para a Copa do Mundo da FIFA™ e busca informar tantos os moradores das cidades como os turistas sobre as condições dos estabelecimentos em que vão se alimentar. Das cidades-sedes do Mundial avaliadas, Brasília está em segundo lugar no percentual de estabelecimentos com a nota máxima.
As avaliações fazem parte do primeiro ciclo da Categorização dos Estabelecimentos de Alimentação, programa da Anvisa que classifica restaurantes, bares e similares segundo 51 critérios sanitários. O projeto inclui 11 cidades-sede da Copa 2014 e mais 13 municípios que aderiram ao projeto. As exceções são o aeroporto de Manaus, em reforma, e o município de Salvador, que não aderiu.
Todos os estabelecimentos participantes do programa (2.172 no Brasil e 231 em Brasília) receberão, ainda neste mês, selos com as notas recebidas para serem colocados em local visível. Assim, os consumidores poderão checar assim que chegar ao estabelecimento avaliação dada pela Anvisa. Os estabelecimentos foram classificados com as notas A, B, C e pendentes (confira no serviço abaixo o que significa cada uma das notas).
Transparência - Segundo o diretor de Gestão Institucional da Anvisa, Ivo Bucarescky, a Categorização é um projeto inovador que vai permitir, pela primeira vez, que os cidadãos conheçam a situação sanitária dos estabelecimentos de alimentação de suas localidades. “Para o cidadão é uma questão de transparência pode conhecer a situação de cada local”, afirma Bucarescky.
A chef e proprietária do restaurante Universal Diner, Mara Alcamim, destaca a importância da iniciativa da Anvisa. “Isso é excelente para restaurantes sérios que têm trabalho muito grande para manter a cozinha todas organizada e são raros os clientes que pedem para visitar essa parte. Com isso, nós vamos poder estampar na porta o que é refletido dentro da cozinha e ninguém vê”, justifica a chef.
Reconhecimento - Há mais de 20 anos funcionando no Setor Bancário Sul, o Bar do Calaf é um dos estabelecimentos que estão passando pela avaliação da Anvisa. “Essa medida é muito importante para que o cliente saiba quais são os locais que respeitam todas as normas sanitárias da instituição. Me sinto reconfortado de ter esse reconhecimento”, explica o proprietário Venceslau Calaf.
Em cada cidade, as autoridades locais definiram os estabelecimentos participantes do projeto piloto de acordo com critérios locais como rotas turísticas, circuitos gastronômicos, áreas de lazer, entre outros. Segundo Bucarescky o projeto piloto será avaliado no segundo semestre de 2014 para que possa ser ampliado para todo o país, se transformando em mais um legado do Mundial.
Números – Em Brasília, 24,50% dos estabelecimentos foram avaliados com a nota A, entre os maiores percentuais do país; 29,70% com a classificação B, e 29,30% receberam nota C. Ficaram com nota Pendente 16,5% das lojas avaliadas. No Aeroporto JK, o desempenho foi melhor ainda: 52,63% (nota A), 31,58% (nota B), 10,53% (nota C) e 5,26% (Pendente).
Considerando todas as cidades e os aeroportos avaliados, 20% dos estabelecimentos foram enquadrados na categoria A, 40% na categoria B e 24,4% na C. Nesse grupo, 15,6% foram categorizados como pendentes, ou seja, apresentaram um quantitativo de falhas considerado superior ao padrão mínimo desejado.
Para os estabelecimentos com avaliação "pendente", as vigilâncias sanitárias de cada localidade adotaram as medidas necessárias para cada caso. Nas situações críticas para a saúde, os estabelecimentos foram fechados. Em outras situações os problemas foram corrigidos e os estabelecimentos continuaram funcionando, mas sem receber nota. Caso sejam melhor avaliados no segundo ciclo poderão receber as notas.
O que significam as notas A, B, C e Pendente?
Nota A: estabelecimentos de melhor classificação. São aqueles serviços que cometem poucas falhas e estas, por sua vez, são de menor importância. Além disso, esses estabelecimentos cumprem itens classificatórios, ou seja, que melhor qualificam o serviço.
Nota B: estabelecimentos que cometem mais falhas do que grupo A. Essas falhas, em geral, são de baixo ou médio impacto. Caso haja falhas de alto impacto, a quantidade é muito pequena.
Nota C: estabelecimentos que apresentam maior quantidade de falhas, mas ainda no limite aceitável do ponto de vista sanitário.
Pendentes: estabelecimentos no qual a quantidade de falhas se coloca em um patamar inaceitável para a categorização. Nestes estabelecimentos, cada Vigilância Sanitária local adotou as medidas necessárias de acordo com o caso. Estas medidas vão desde correções no processo até o fechamento do estabelecimento.
Importante: Qualquer estabelecimento com notas A, B ou C é seguro para o consumidor e apresenta condição sanitária satisfatória.
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