Para aproveitar a festa de forma saudável, especialistas recomendam o uso de preservativo, além da vacinação contra HPV
O Carnaval está chegando. Época de festa e folia, mas também de atenção e cuidados redobrados com a saúde. Apesar de ainda ser pouco conhecido pela população brasileira, o HPV é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns e pode atingir até 70% da população no transcorrer da vida. O Ministério da Saúde estima que a cada ano 137 mil novos casos de homens e mulheres surjam no Brasil.
Além disso, você sabia que existem mais de 150 tipos se HPV? Alguns dos tipos do papilomavírus humano, como é conhecida cientificamente a doença, podem causar Câncer de Colo de Útero se não forem diagnosticados precocemente e tratados corretamente. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que este câncer é o segundo mais comum entre as mulheres, sendo responsável por 18 mil novos casos e cinco mil mortes por ano. “O HPV é considerado um agente necessário para as alterações celulares que levam ao Câncer de Colo Uterino. Por isso, é importante conscientizar as mulheres de que é fundamental”, esclarece Dr. Antonio Luiz Almada Horta, citopatologista do laboratório Exame.
Infelizmente, a camisinha não consegue proteger completamente a infecção pelo HPV, ainda que seja fundamental na prevenção de outras doenças sexualmente transmissíveis. É aconselhável, também, ter cuidado com roupas íntimas e banheiros, além de ter acompanhamento periódico de um ginecologista, para as mulheres, e de um urologista, para os homens.
Com o desenvolvimento da medicina, a vacinação passou a ser outra arma disponível e de grande importância na luta contra a doença. Para entender como funciona a vacina, é preciso saber que os tipos mais frequentes de HPV são o 16 e o 18, que respondem por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero. Os tipos 6 e 11 são os responsáveis por 90% das verrugas genitais. Existem duas vacinas contra o HPV no mercado: uma delas protege contra os tipos 16 e 18, que causam câncer, e a outra protege contra os tipos que causam câncer e verrugas genitais (6,11,16 e 18). A vacina quadrivalente, que já está disponível no laboratório Exame, previne contra esses quatro tipos de vírus.
O ideal é que a prevenção aconteça o mais cedo possível, antes mesmo da primeira relação sexual. Por isso, é fundamental que os pais se conscientizem sobre a importância de vacinar os seus filhos já no início da adolescência. A vacinação é realizada em três doses, sendo a primeira na data escolhida e as demais com intervalos de dois e seis meses após a primeira. “É muito importante que as pessoas recebam as três doses para garantir a efetividade da imunização”, explica Dr. Ricardo Ferreira Cunha, especialista em saúde pública e responsável pela área de vacinas do laboratório Exame. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, recentemente, o uso da vacina para o combate ao vírus HPV em homens de 9 a 26 anos de idade.
Por Exame Laboratório e Imagem