Governador Agnelo Queiroz recebe medalhistas dos jogos Parapan-Americanos e lança programa para tornar a capital federal uma referência nos esportes paraolímpicos
Brasília, 24 de novembro de 2011 – O Salão Nobre do Palácio do Buriti ficou repleto de campeões na manhã desta quinta-feira. Eram homens e mulheres uniformizados com as cores do Brasil e exibindo as medalhas de ouro, prata e bronze conquistadas no México nos últimos dias. A comitiva brasiliense que participou dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara foi homenageada pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que anunciou a criação do programa Centro de Referência de Alto Rendimento Paraolímpico do DF – uma série de ações para beneficiar e incentivar o paradesporto na região.
A meta do programa é transformar o Distrito Federal em referência nacional em paradesporto. “Brasília tem que ser a casa do paradesporto e da cidadania”, destacou Agnelo Queiroz. Um dos pilares do projeto é trazer para o DF o programa federal Bolsa Atleta, incluindo os paratletas dentre os beneficiados. “Com isso, nossos atletas vão ter condições de se preparar em competições intermediárias, que são fundamentais para assegurar a experiência em competições de grande porte como o Parapan e as Paraolimpíadas”, ressaltou o governador. A lei de criação do Bolsa Atleta é de autoria de Agnelo Queiroz, à época de deputado federal.
O programa é apontado como um dos motores de desenvolvimento do esporte do DF e nacional. Ele consiste em repassar aos atletas recursos para o custeio de alimentação e diárias, dentre outros gastos rotineiros, permitindo que os competidores se concentrem no treinamento e na própria disputa. “Os resultados alcançados pelos nossos atletas após a criação dessa bolsa nos enchem de satisfação, de emoção por ter contribuído”, afirmou Agnelo Queiroz.
O governador lembrou que, mesmo sem a bolsa, os paratletas brasileiros e do DF tiveram o melhor desempenho da história em competições internacionais durante os Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara. O Brasil conquistou o primeiro lugar da competição, com 197 medalhas (81 de ouro, 61 de prata e 55 de bronze). Dos 17 atletas brasilienses, 10 subiram ao pódio e trouxeram do México 20 medalhas: 11 de ouro, cinco de prata e quatro de bronze.
“Esse resultado mostra o talento dos atletas do Distrito Federal. Queremos reforçar o paradesporto como prioridade e nos tornar referência nessa área, designar recursos e reforçar o centro de treinamento de alto rendimento. Vamos dotá-lo de estrutura adequada e equipamentos melhores”, destacou o governador.
Um dos homenageados, o morador de Ceilândia Ariosvaldo Fernando da Silva, conquistou três medalhas no paratletismo em Guadalajara: duas de ouro (na corrida de 100 e 200 metros com cadeiras de rodas) e uma de prata (nos 400 metros). Para Ariosvaldo, que compete há 12 anos, o resultado é fruto de um trabalho muito árduo. “Tem que ter toda uma estrutura, uma logística de treinamento. O apoio está cada vez melhor e eu acho que o incentivo do GDF é o que faz a diferença. Atleta sem recursos não consegue praticar esportes”, explicou o medalhista.
Atendimento integral – O Centro de Referência de Alto Rendimento Paraolímpico usará instalações esportivas da Secretaria de Esporte – como o Complexo Aquático e os Centros Olímpicos – e do Centro de Treinamento de Educação Especial (CETEFE). “Além disso, teremos um centro de acompanhamento de medicina esportiva, reabilitação e avaliação funcional”, listou o secretário de Esporte, Célio René. Em relação ao apoio às viagens, o secretário afirmou que o Compete Brasília já leva os paratletas para as competições, mas agora contará com recursos específicos.
“Na estrutura física que nós temos hoje, que um é um centro de referência, teremos condições de fazer avaliações físicas, com fisioterapeutas profissionais da área de preparação física especializados no paradesporto e colocaremos à disposição dos Centros Olímpicos estrutura adequada para o treinamento, com equipes de avaliação dos paratletas”, acrescentou o secretário de Esporte.
O vice-presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Mizael Conrado, agradeceu o apoio que o poder público tem dado à modalidade. “Se hoje conseguimos resultados expressivos nas competições devemos ao poder público, que começou com a Lei Agnelo/Piva”, disse. A lei destina 2% dos recursos da arrecadação bruta de todas as loterias federais do país para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).
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