União, GDF e Governo de Goiás realizam reunião conjunta de trabalho para avaliar as causas da violência no Entorno e estabelecer soluções. Região terá postos 24 horas para a coleta de armas
Brasília, 22 de novembro de 2011 – A redução dos altos índices de violência na região do Entorno do Distrito Federal depende do esforço concentrado dos governos Federal, do DF e de Goiás. Com essa convicção, o governador Agnelo Queiroz; o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e o secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado Neto, representando o governador Marconi Perillo, comandaram na manhã de hoje uma grande mobilização das forças de segurança e de especialistas em busca de soluções conjuntas para o combate à criminalidade na região.
Durante ato público em Luziânia, cidade goiana a 60km da capital federal, houve o lançamento da Campanha Nacional de Desarmamento no Entorno, que prevê a abertura de oito postos de coleta de armas com funcionamento 24 horas, com o objetivo de facilitar a adesão dos trabalhadores que não podem participar em horário comercial. Em seguida, foi realizado o I Colóquio sobre Segurança Pública do Distrito Federal e Entorno, quando especialistas e gestores federais, do DF e de Goiás passaram a avaliar a situação socioeconômica da região e as carências em serviços e oportunidades de emprego e renda que possam impactar no aumento da violência. Com base nos primeiros levantamentos, o grupo propôs alternativas e ações a serem executadas a curto, médio e longo prazos.
O governador Agnelo Queiroz destacou que os postos ininterruptos de coleta – os primeiros do país – servirão de exemplo a todas as unidades da Federação, estimulando a população a entregar armas e a combater a violência de forma permanente. “Cada arma retirada da sociedade contribui para a diminuição do número de mortes, para a segurança do cidadão e para a garantia da paz”, afirmou o governador do DF. “As políticas para o Entorno precisam contemplar o incentivo ao desenvolvimento econômico, a geração de emprego e renda, a ampliação das vagas de educação na rede pública e a qualificação profissional”, acrescentou.
Agnelo Queiroz lembrou que a preocupação dos representantes dos três governos com os índices de criminalidade e com o desenvolvimento socioeconômico da região resultou em reunião entre ele, o governador Marconi Perillo e a presidenta Dilma Rousseff, em setembro. Por determinação da presidenta e sob a coordenação da ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o Entorno receberá recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) para investimentos em diversas áreas.
“Está em curso um grande esforço integrado para o desenvolvimento do Entorno, que inclui programas de transferência de renda, transporte, saúde, educação, segurança, desenvolvimento social e econômico para a região. É o PAC do Entorno”, detalhou Agnelo Queiroz. “Também fazem parte desse esforço o desarmamento na região e o combate ao tráfico de drogas, que envolvem as polícias do DF, de Goiás e Federal. A essência desse esforço é uma só: nossa integração, nossa união. Esse esforço é para enfrentar problemas graves; e o mais grave é a violência”, acrescentou o governador.
Para Agnelo Queiroz, a partir do diálogo permanente e do encontro entre as diversas lideranças envolvidas, haverá condições políticas para sistematizar ações. “Tenho certeza que vamos avançar para ter um plano concreto com eficiência e competência, acompanhado de outras iniciativas que promovam o desenvolvimento humano”, ressaltou.
Academia e escolas – O secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado Neto, destacou ações já em andamento, como a doação de 11 veículos de combate a incêndio pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal aos bombeiros goianos e o projeto do Executivo de Goiás que prevê auxílio de R$ 100, com pontuação válida para promoção e gratificação, para cada policial civil ou militar que retirar das ruas determinado número de armas.
“Hoje, para cada arma entregue espontaneamente pela população, são recolhidas três pela polícia. Mas ainda faltam alternativas. Faremos a nossa parte. Vamos abrir uma academia de Polícia em Luziânia para treinar os filhos do Entorno e oito Colégios Militares nas áreas mais carentes da região”, anunciou o secretário. Ele informou ainda que o governo goiano está investindo R$ 18 milhões na recuperação da Polícia Técnica Científica e na reestruturação dos Institutos Médicos Legais.
Duplo desafio – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sintetizou os motivos que levaram o grupo a se reunir em Luziânia: tirar armas de circulação e conter a escalada de violência. “Temos aqui o encontro de representantes de dois governos de campos políticos opostos, mas os problemas são de tal magnitude que nos levam a superar divergências pelo bem do interesse público. Conter a violência e criar uma cultura de paz é obrigação de todos nós, governo federal, governo de Goiás e do Distrito Federal”, ressaltou o ministro. “Tenho absoluta convicção que esse I Colóquio resultará em um trabalho integrado e contínuo. Chega de violência no Entorno. Que venha a paz!”.
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