Distrito Federal é a primeira unidade
da Federação a implantar a Ficha Limpa na administração pública. Com a
assinatura do decreto, governador Agnelo Queiroz institui mais uma medida de
combate à corrupção
Primeira Unidade da Federação a implantar a Ficha
Limpa, o Distrito Federal consolida uma importante ação de combate à corrupção
e às irregularidades na máquina pública. O decreto da Lei Ficha Limpa, para
servidores comissionados do GDF, foi assinado nessa sexta-feira (9) pelo
governador Agnelo Queiroz, acompanhado da primeira-dama, Ilza Queiroz, durante
a cerimônia de abertura da 1ª Conferência Distrital de Controle Social e
Transparência (Consocial-DF).
“Esta lei é uma conquista extraordinária, inovadora
e, seguramente, o Distrito Federal é a primeira Unidade da Federação a
efetivamente colocar em prática o Ficha Limpa. É um avanço muito grande para os
eleitores no Brasil e agora podemos estender para a administração pública”,
avaliou o governador.
A assinatura do decreto regulamenta a alteração
feita na Lei Orgânica do Distrito
Federal, no Regime Jurídico Único dos Servidores e dá efetividade à lei no DF.
O Ficha Limpa determina quais são as irregularidades e
impedimentos para posse e exercício na administração pública direta e indireta
do poder Executivo.
O secretário de Transparência e Controle do DF,
Carlos Higino, explica que o Ficha Limpa integra uma série de
medidas de combate à corrupção. “Tenho duas missões grandes determinadas pelo
governador: a transparência radical e o combate à impunidade. Os processos
contra servidores estão em estágios avançados. Nós trabalhamos muito nesse
caminho”, pontuou o secretário.
O governador também assinou o decreto para a implantação
da Lei de Acesso à Informação. O governador também assinou o decreto para a
implantação da Lei de Acesso à Informação no DF. Sancionada pela presidenta
Dilma Rousseff em novembro passado, a lei determina que todo órgão público
municipal, estadual e federal, inclusive autarquias e fundações, deverá
garantir o acesso a informações sobre o serviço prestado a qualquer cidadão.
Para que isso ocorra, governos e prefeituras devem criar mecanismos, por meio
de leis locais, que possibilitem a concretização do que determina a lei
federal. Essa lei é, sobretudo, mais um instrumento de acompanhamento e
fiscalização popular do poder público.
Foi assinado, ainda, um terceiro decreto, que trata
da criação do Conselho de Transparência e Controle Social. “Cabe destacar que
esse decreto foi elaborado em função de uma das maiores demandas da Consocial,
que é a criação dos conselhos populares para fomentar a transparência e o
controle social”, comentou Agnelo Queiroz.
Um acordo de cooperação técnica com o Tribunal de Contas
da União também foi assinado para integrar ações do controle externo da
administração pública federal e do controle interno do poder Executivo do
Distrito Federal.
A abertura da Consocial-DF foi marcada por outras
iniciativas: o envio, pelo Executivo, à Câmara Legislativa do DF de dois
projetos de Lei (PL). O primeiro cria o Sistema Integrado de Corregedorias; o
segundo implanta medidas para fortalecer o Sistema de Ouvidorias.
Consocial – Organizada
por representantes do poder público, da sociedade civil e de Conselhos de
Políticas Públicas, a 1ª Conferência Distrital de Controle Social e
Transparência (Consocial-DF) será realizada até este sábado, no Centro de
Convenções Ulysses Guimarães, e tem o objetivo de promover a transparência
pública e estimular a participação dos cidadãos no acompanhamento e controle da
gestão pública.
Nos dias 18 a 20 de maio, em Brasília, será
realizada a etapa nacional da Consocial, na Controladoria Geral da União.
Participarão do evento cerca de 1,2 mil delegados eleitos nas etapas estaduais
e distrital.
“Vamos escolher os nossos delegados que vão
trabalhar na Conferência Nacional. Queremos que essas propostas já sejam
implementadas no DF, na medida do possível, e que nossas ideias cheguem ao
âmbito federal e sirvam de exemplo para a etapa nacional da Consocial”,
reforçou o secretário de Transparência e Controle do Distrito Federal, Carlos
Higino.
Participaram também da cerimônia de abertura da
conferência, o secretário de Governo, Paulo Tadeu, deputados distritais, entre
outras autoridades e representantes da sociedade civil.
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