quinta-feira, 26 de julho de 2012

Desemprego no DF cai pelo quarto mês seguido



Setores de Serviços e da Construção Civil foram os principais responsáveis pela geração de novos postos de trabalho
 A taxa de desemprego no Distrito Federal apresentou leve queda no mês de junho, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/DF), divulgada na manhã desta quarta-feira (25) pela Secretaria de Trabalho (Setrab). Foram criados 8 mil postos formais de trabalho, o que diminuiu a taxa de desemprego total de 13% em maio para 12,9% em junho.
 A redução no desemprego se deve, principalmente, ao acréscimo de 15 mil pessoas no número de ocupados no setor de Serviços, com destaque para as áreas de Tecnologia da Informação, Telecomunicações e Serviços Gráficos. “Esse é o quarto mês consecutivo de estabilidade com pequenas reduções no nível de desemprego no DF. A expectativa é de que a queda continue até o fim do ano”, ressaltou o secretário de Trabalho, Washington Luiz Sales.
 A Construção Civil também teve bom desempenho, com a contratação de 3 mil trabalhadores e crescimento de 12,5% nos últimos 12 meses - valor acima da média nacional, de 8,1%. As políticas públicas de capacitação promovidas pelo Governo do Distrito Federal estão entre os motivos da melhoria no desempenho do setor construtivo. Um dos exemplos promissores é o Qualificopa, programa de qualificação social e profissional voltado para a Copa do Mundo de 2014.
 A pesquisa, feita em parceria com a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), indicou, ainda, geração de empregos superior ao número de pessoas que entraram para a população economicamente ativa – um total de 6 mil. “A taxa de ocupação cresceu o suficiente para dissolver a pressão no mercado de trabalho e reduzir a taxa de desemprego”, explicou a coordenadora da pesquisa no Dieese, Adalgiza Lara Amaral.
 Formalização – O setor privado, que gerou 7 mil postos de trabalho, registrou aumento de 1,3% no contingente de assalariados com carteira assinada e redução de 2,1% dos sem carteira assinada, o que representa 2 mil pessoas fora da informalidade. O tempo médio de procura por trabalho, por sua vez, foi de 41 semanas – três semanas a menos do que no mesmo período de 2011.
 Investimentos – De acordo com a pesquisa, nos últimos 12 meses, o setor da Indústria teve redução de 6 mil postos, uma retração de 12,8%. O resultado acentua o perfil não industrial do DF, na avaliação do diretor de Gestão de Informações da Codeplan, Júlio Miragaya. “A indústria representa apenas 1,5% do PIB do Distrito Federal, mas temos que buscar uma posição no setor, que tem um peso grande na economia”, reconheceu Miragaya.
A viagem do governador Agnelo Queiroz e comitiva em busca de investimentos e experiências no exterior e a criação do Parque Tecnológico Cidade Digital em Brasília são algumas das iniciativas que prometem reverter esse perfil. Para o presidente da Codeplan, Salviano Guimarães, a capital do país tem potencial para atrair novas empresas e consolidar o setor industrial como força econômica.
 “Brasília, por seus altos índices de renda, escolaridade e infraestrutura, é favorável para investidores que queiram se instalar no Brasil. A cidade é atrativa, também, por ter um mercado consumidor grande”, destacou Salviano Guimarães, que também citou as melhorias que virão com os recursos do governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
 De acordo com o secretário de Trabalho, os investimentos do governo do DF na indústria terão resultados relevantes nos níveis de emprego. “A estimativa é de que até o segundo semestre de 2013 tenhamos novos postos de trabalho no setor”, afirmou Washington Luiz Sales.


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